Acabou a era da informação e começou a era do conhecimento
Blog / Estratégia / Gestão ProfissionalPublicado em 02/05/2023 às 11h42
Vivemos em um momento incrível da história, no qual a informação está ao alcance das nossas mãos. Com um smartphone conectado à internet, podemos acessar uma quantidade impressionante de dados e conteúdos em questão de segundos. Mas será que isso é suficiente? Será que estamos transformando toda essa informação em conhecimento?
A era do conhecimento, no entanto, é muito mais do que apenas o acesso à informação. Ela exige que saibamos interpretar, analisar e aplicar o conhecimento que adquirimos. Não basta apenas memorizar fatos e dados, precisamos ser capazes de relacionar informações de diversas fontes e desenvolver novas ideias.
Na nova era do conhecimento, simplesmente ler, ouvir e reproduzir informações não é mais suficiente. É preciso ir além e questionar, refletir, criar conexões, provocar novas perspectivas e aplicar o conhecimento de forma estratégica. Não é mais sobre a quantidade de informações que possuímos, mas sobre a qualidade da nossa capacidade de transformá-las em conhecimento útil.
Essa mudança de paradigma é essencial para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade como um todo. Não podemos mais nos contentar em apenas acumular informações sem compreender seu real significado e valor. Precisamos ser capazes de ir além e utilizar nosso conhecimento de forma estratégica para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
Para isso, precisamos estar sempre dispostos a aprender e desaprender, a refletir e questionar. É preciso desenvolver uma mentalidade crítica e criativa, capaz de transformar informações em conhecimento e este em ação. Será que um robô teria essa capacidade criativa e crítica?
Essa mudança de paradigma tem um impacto significativo em todos os setores, especialmente no mundo dos negócios. As empresas precisam investir em tecnologia, processos e pessoas que permitam transformar dados em conhecimento útil e estratégico para suas operações. Além disso, a era do conhecimento valoriza cada vez mais a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de habilidades que permitam a adaptação a um ambiente em constante mudança e evolução.
Lembra daquele alerta de que a transformação digital não está relacionada apenas a máquinas, mas sim a pessoas? Infelizmente, é raro encontrar empresas que estão investindo em capacitação e mudança cultural, ferramentas necessárias para que seus colaboradores possam acompanhar essa transformação.
Quando falamos em capacitação, não estamos nos referindo apenas às habilidades técnicas, mas também à mudança de comportamento e mentalidade. É preciso saber trabalhar em equipe, com espírito de colaboração e sem egoísmo, ser um líder capaz de motivar a inovação e não ter medo de correr riscos. É necessário entender a importância de ter uma visão mais ampla, analisando todo o contexto, e não apenas se apegar a conceitos ultrapassados. Além disso, é fundamental haver aculturamento para lidar com preconceitos e opiniões que nos mantêm presos à ignorância e ao senso comum.
Qual seria a opinião de Platão e qual a dica que ele nos daria para enfrentar essa nova era? Trazendo o Mito da Caverna para o nosso tempo, podemos talvez refletir sobre as sombras projetadas e a falta da busca pela luz, a dificuldade de entender as novidades e melhorias, a resistência a mudanças e ao novo e, principalmente, a luta e a dificuldade de buscar por conhecimento. Nunca ouvi tantas pessoas dizendo: “Eu sou bom, eu sei de tudo. Você não tem direito à voz ativa. Não preciso ouvir. Já sei o que você vai falar. Você não sabe, só eu sei.” Cada vez mais observam-se as pessoas vivendo em seu próprio mundo, focadas em suas próprias dores, olhando para uma única sombra e com dificuldade de enxergar o todo. Por onde anda a empatia? Ser empático é apenas uma questão de bondade ou pode ser uma habilidade útil em estratégias inteligentes?
E os robôs e a inteligência artificial? Será que eles vão substituir os seres humanos? Claro que não. Acredito que aqueles que souberem lidar com a inteligência artificial terão uma vantagem competitiva significativa. As empresas que investem em diversidade, capacitação e desenvolvimento de seus colaboradores são capazes de aproveitar melhor o conhecimento gerado internamente e aplicá-lo de forma eficiente em seus negócios. Agora vem a grande provocação: será que um robô teria a capacidade de ser empático? Por qual motivo o ser humano quer se tornar como um robô e renunciar à capacidade única que o torna incrivelmente inteligente?
E quanto às NFTs? Serão acessíveis a todos? E os robôs e dados, serão capazes de evitar danos ao meio ambiente e à biodiversidade? Será que os robôs questionarão os seres humanos por sua habilidade de preservar o meio ambiente? Eles terão capacidade de tomar decisões éticas e morais por conta própria? De quem é a responsabilidade de cuidar do meio ambiente e preservá-lo para as futuras gerações? Das grandes empresas, dos governos, das associações, dos robôs ou nossa, como indivíduos?
São perguntas que precisamos nos fazer. A era do conhecimento é um momento de grandes transformações e desafios, mas também de muitas oportunidades.
Como desenvolvedores, designers, produtores de conteúdo, analistas de dados, especialistas em marketing digital e criadores de tecnologia, temos a responsabilidade de democratizar o conhecimento e assegurar que todos tenham a oportunidade de se adaptar e evoluir juntos nesta nova era. Devemos criar tecnologias que possam ser acessíveis a todos, independentemente de idade, gênero, orientação sexual, cultura, raça, religião, condição física ou mental.
A era do conhecimento é um novo capítulo emocionante na história da humanidade. Cabe a cada um de nós abraçar esse desafio e juntos trabalharmos para transformar a informação em conhecimento útil e estratégico, sem deixar ninguém para trás.
A nova era do conhecimento está aí, e aqueles que souberem se adaptar a ela e aproveitar seus benefícios serão os verdadeiros líderes do futuro.
Como profissional de comunicação e marketing, sinto que é uma grande responsabilidade que temos, mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade incrível de criar um futuro melhor para todos. Vamos juntos? Seja HRI, fale com a gente!